Cultura

Prémio Literário José Saramago 2022 atribuído a Rafael Gallo

O escritor brasileiro Rafael Gallo é o vencedor do Prémio Literário José Saramago, no valor de 40.000 euros, pelo seu romance Dor fantasma, que será publicado em Portugal pela Porto Editora. O anúncio da distinção decorreu no dia 14 de novembro, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, nas vésperas de se comemorar o centenário do Nobel da Literatura, distinguido em 1998.

A obra vencedora vai ser também editada no Brasil, pela Globo Livros, e distribuída em todos os países da lusofonia, uma das condições previstas no prémio, promovido pela Fundação Círculo de Leitores, com o apoio da Fundação José Saramago, da Porto Editora e da Globo Livros.

Nascido em 1981, na cidade de São Paulo, no Brasil, Rafael Gallo tem criado histórias e inventado personagens desde pequeno, conforme destacam os promotores do prémio, acrescentado que as suas primeiras incursões na área da literatura foram os contos que acabou por compilar num volume intitulado Réveillon e Outros Dias, que propôs a várias editoras, sem nunca ter sido aceite ou publicado.

Depois de concorrer ao Prémio SESC de Literatura, um concurso brasileiro para autores de obras inéditas, viria a publicar o livro pela editora Record. Seguiu-se em 2015, o lançamento do seu primeiro romance, Rebentar, publicado pela mesma editora, e distinguido com o Prémio São Paulo de Literatura, na categoria de autores estreantes com menos de 40 anos.

Não voltou a publicar desde então, até que aos 40 anos de idade decidiu candidatar-se para a mais recente edição do Prémio Literário José Saramago, do qual se tornou agora vencedor. Recorde-se que o prémio passou, este ano, a contemplar obras de ficção inéditas de autores até aos 40 anos (até agora o limite de idade era 35 anos) e aumentou o valor a atribuir em 15 mil euros (o prémio pecuniário era de 25 mil euros).

O Prémio Literário José Saramago foi instituído em 1999 e tem uma periodicidade bienal, pelo que a última edição deveria ter‑se realizado em 2021, o que não aconteceu devido à pandemia, obrigando ao adiamento para 2022. Entre outros, o prémio já distinguiu os escritores Paulo José Miranda, Adriana Lisboa, Valter Hugo Mãe, Andréa del Fuego, Ondjaki, Bruno Vieira Amaral e Afonso Reis Cabral, o último consagrado, em 2019.

Artigo original: Bertrand Livreiros